Esta semana, a propósito do jogo Benfica vs Sporting, a comunicação social tem dado amplo destaque à apelidada "jaula" que mais não é do que uma rede de segurança.
Não quero estar a colocar em causa a necessidade dessa rede e da sua existência. Quero antes dar ênfase ao conceito de "jaula" utilizado pelos meios de comunicação social (por exemplo, no site relvado; ou no jornal Record) para uma simples rede de segurança.
Isto porque, o conceito propriamente dito tem uma conotação algo negativa e poderá desencadear acções nefastas por parte dos adeptos de ambos os clubes, de acordo com o desenrolar ou resultado final da partida de futebol.
Tomemos como exemplo o seguinte cenário, partindo do princípio que ao Benfica apenas a sua vitória será considerada um resultado positivo para as hostes encarnadas:
- Situação 1: o Benfica vence a partida e os seus adeptos, ou parte deles, achincalham os adeptos do Sporting por se encontrarem numa "jaula". Consequências? Desagrado das hostes sportinguistas e possíveis desacatos no exterior.
- Situação 2: o Sporting empata ou vence e os seus adeptos (ou parte deles), revoltados por terem sido colocados na tal "jaula" e sentirem-se feridos no seu orgulho, provocam os adeptos do Benfica. Consequências? Possíveis desacatos no exterior do estádio.
Depois, os média que não venham dizer que só os dirigentes é que são responsáveis pelo que se passa no futebol, apontando-os como bode expiatório, e lavando as mãos pelas consequências dos seus actos (uso do conceito "jaula" para tentar vender o seu produto).
É um aviso que faço.
Nem todos os meios justificam os fins...
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