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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Desilusão por Nagy

Adam Nagy, futebolista profissional e internacional húngaro, está mais perto de se tornar jogador do Bolonha (Itália). Até aqui nada de novo.
A questão prende-se com o facto de este mesmo jogador, em vez de ir para o Bolonha, poderia juntar-se ao Benfica.
Pelos vistos, o seu anterior clube, o Ferencvaros, anda num processo de leilão pela melhor proposta de mercado e no qual o clube encarnado não quer entrar. 
Contudo, o que pretendo realçar é que Nagy poderia ir para o Benfica mas não quis, pois teve "medo" da concorrência, segundo notícias do jornal O Jogo (ver notícia) e de acordo com o sítio online Sapo Desporto (ver notícia).
Ora, este medo, de acordo com a minha opinião, traduz aquilo que o jogador vale, não em termos técnicos, físicos e tácticos, mas no âmbito psicológico: não é jogador para um clube que lute por títulos. Isto porque ele demonstra que pretende alcançar determinados objectivos sem ter capacidade de luta e de sacrifício. Quer as coisas quase de mão beijada.
Num clube grande, há sempre concorrência e, por isso, tem de se lutar pelos objectivos pessoais de forma árdua e paciente.
Bem fará o Benfica em desistir de contratar este jogador, pois nada acrescentará a um grande clube com um enorme historial de títulos conseguidos por atletas de elite. 
Adam Nagy não é, nem acredito que venha a ser, um jogador de elite.
Pelo menos, para já, não o demonstra. 


quinta-feira, 19 de março de 2015

Romário Bald(é)ou-se

No futebol, é comum assistirmos a grandes momentos mágicos, como golos ou jogadas fantásticas, bem como a momentos trágicos (grandes fracassos).
Nesta crónica, abordarei um desses momentos: o trágico.
Romário Baldé, atleta de futebol profissional do Benfica, esteve ontem entre aquela linha ténue que separa o sucesso do fracasso.
"Optou" pelo fracasso ao falhar uma tentativa de penalty à Panenka que, na altura, daria o 2-0 para o Benfica frente ao Shakhtar na competição Youth League.
De recordar que o jogo terminou empatado 1-1 e o Shakhtar venceu na discussão das grandes penalidades. 
No dia seguinte (hoje), a imprensa desportiva nacional e internacional deu algum ênfase negativo a este momento peculiar.
Romário Baldé, deve sentir-se, por agora, o pior jogador de futebol do mundo.
No entanto, acredito que este momento trágico na sua curta carreira futebolística poderá catapulta-lo para outro patamar exibicional se devidamente acompanhado psicológicamente, pois ontem "bateu" no fundo e percebeu, à posteriori, aquilo que o poderá esperar se escolher o caminho errado.
Agora cabe ao atleta decidir se vai continuar lá em baixo ou se, porventura, vai à luta para recuperar a sua imagem enquanto futebolista profissional.
Acredito que Baldé estará agora mais apto a ser melhor do que era e a ser melhor do que os outros colegas de profissão da mesma faixa etária.
Baldé, num curto espaço de 24 horas volta a estar entre a linha ténue que separa o sucesso do fracasso.
Que decisão tomará?
A pressão está do lado dele.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Não Sei Se Era Futebol

A gozar uma semana de férias, e com receio que estivesse muito vento na praia, decidi ficar por casa e acompanhar um dos muitos jogos da 1ª eliminatória da Liga Europa com equipas cujo nome não lembra nem ao diabo.
Assim, tendo em conta os jogos que estavam disponíveis na internet, decidi ver o FC Daugava (Letónia) vs Vikingur (Ilhas Faróe) até porque na 1ª mão o resultado havia sido de 2-1 para o Vikingur.
Perspectivava-se um jogo bem equilibrado, mais ainda que o Brasil 1 Alemanha 7 do Mundial 2014.
Nesta pequena análise ao jogo, não me vou debruçar em questões tácticas ou sistemas e modelos de jogo.
Pretendo sim, analisar pormenores inerentes ao jogo e que considero curiosos.
Deste modo, vou começar pelo fim.
O resultado final foi 1-1, passando a equipa das Ilhas Faroé à 2ª eliminatória.












Voltando ao princípio, o terreno de jogo e todo o aspecto envolvente fazia lembrar-me um campo de equipa distrital com uma vasta floresta em seu redor.
Fez-me lembrar os tempos de jogador de distrital.












Neste jogo, outra componente dos campeonatos de distrital foi o constante pontapé para o ar e para a frente, isto para não falar do treinador da equipa da casa que parecia alguém que tinha vindo da modalidade de halterofilismo, tendo passado, brevemente, pelo...tasco.
Para além disso, e já na parte final do jogo, ouvi um ruído semelhante com adeptos aos gritos. Desse modo, quantificando os adeptos presentes, julgo que deviam ser uns...2 adeptos.
Depois é que reparei que eram adeptos (ou o roupeiro e o filho) da equipa visitante a gritarem bem alto: "Vikingur! Vikingur! (na língua deles ouvia-se "vaikengur")".
Honestamente, na língua portuguesa, parecia que diziam "Vai-te embora", fazendo-me lembrar, no imediato, os apupos ao Scolari.












E assim, passei 90 minutos (inúteis?) da minha vida, numa tarde quente de verão.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Brasil Não Pode Ser Só Neymar

Depois da tempestade que se abateu sobre o Brasil (adeptos e respectiva selecção de futebol), seria natural, logo no momento, redigir algo sobre essa catástrofe.
Mas não.
Contive-me.
Aguardei para observar as reacções e justificações do povo brasileiro sobre as causas de semelhante hecatombe no mundial de futebol.
E foi com alguma naturalidade que li e ouvi que, aparte a competência do treinador Scolari, o grande motivo da derrota por 7-1 frente a Alemanha residia na...falta de Neymar.
Ora, não podia deixar de discordar completamente com esta justificação, pois se formos por esse caminho, seria obrigado a colocar o Brasil no mesmo patamar do País de Gales (que "só" tem Gareth Bale) ou da Arménia (que "só" tem Henrikh Mkhitaryan).
E o Brasil tem um excedente de jogadores de qualidade que os torna, naturalmente, numa potência do futebol mundial. Mas, por outro lado, o povo brasileiro, tão apaixonado que é pelo futebol, não consegue em momentos decisivos colocar essa paixão de lado e agir de forma pragmática.
Fica demasiado agarrado à fé e à crença (na personificação de Neymar), descurando um pouco, a racionalidade, a cientificidade que o próprio jogo comporta.
Não quero com isto dizer que a envolvência psicológica, a fé e a crença deva ser descurada.
Devemos, assim, agir com doses quantificadas na medida certa de razão e coração, obtendo uma mistura que se complemente, de modo a atingir os objectivos previamente determinados.
O futebol não é só emoção nem é só razão.
É a junção destas duas essências, sabendo que, em certos momentos, uma delas poderá se sobressair, mas que quando se trabalha apenas uma componente, o fracasso será o resultado desse trabalho parcial.
A base do sucesso está na complementariedade entre emoção (fé, crença, paixão) e razão (conhecimento científico).
Por isso, voltando à questão do resultado de 7-1, entendo que um dos principais motivos para semelhante derrota brasileira reside na parte que sublinhei dum texto retirado das afirmações de Joachim Löw.
O BRASIL NÃO PODE SER SÓ NEYMAR.












terça-feira, 8 de julho de 2014

Navas ou Nabo?

Consta, na imprensa desportiva (Jornal Record), que o guardião da Costa Rica, Keylor Navas, recebeu uma proposta tentadora do Bayern de Munique para...ser suplente de Neuer.
Observando com especial atenção esta notícia, não posso deixar de ficar surpreendido que um guarda-redes que fez um grande Mundial aceite ser profissional do banco de suplentes da equipa alemã.
Navas tem 27 anos, Neuer tem 28 anos.
Neuer é titular indiscutível na potência futebolística Bayern de Munique, não vislumbrando, por isso, que haja muitos clubes com capacidade financeira para o contratar.
Navas, que está perto de atingir o máximo do seu potencial, fica agradado por assinar o contrato profissional da vida dele e passar a ser eterno suplente.
Há coisas que não entendo, até porque Navas pode muito bem assinar um excelente contrato por outro clube e ter a possibilidade (imaginem só!) de jogar regularmente.
Caro Navas, para ser suplente do Bayern de Munique (contrariando a filosofia de um profissional), até eu vou para lá. Não percebo nada de ser guarda-redes, mas para ficar sentado a ver os outros jogar, também sou muito bom.
Por isso, a pergunta que te coloco é: És Navas ou és Nabo?
Foto: Keylor Navas